Primeiro encontro com padre Piamarta - Pier Giordano Cabra
Capítulo Oitavo
1. Padre Piamarta, no início do
Instituto Artigianelli tinha encontrado dois jovens colaboradores
extraordinários: o seminarista Bongiorni e Dominatore Mainetti, destinados a
tornar-se, o primeiro, Bispo Auxiliar, o secundo, Prefeito de Brescia. Sempre entre os primeiros colaboradores,
foram preciosos alguns ex-pavonianos, que estavam vivendo juntos a Monsenhor Capretti.
Alguns sacerdotes e leigos e, em seguida, alguns alunos uniram-se a ele para
compartilhar sua missão e sua vida laboriosa, comprometida e absorvente.
2. O Padre, porém, queria ao seu redor
algo mais do que um grupo de colaboradores. Ele queria criar uma comunidade
estável que fosse como uma família, em que vive-se juntos, reza-se juntos, trabalha-se
juntos e ajuda-se reciprocamente. Este ambiente teria contribuído para
fazer respirar o clima de família aos jovens, ou seja, quase para “dar uma
família a quem não tem” e para preparar os jovens àquelas atitudes de respeito,
de acolhida, de atenção, premissas estas insubstituíveis para a criação de uma
família.
3. E eis que nasce a Congregação Santa
Família de Nazaré, constituída por um grupo de sacerdotes e leigos que se
empenham em dedicar a vida toda ao serviço de Deus e dos jovens, inspirando-se
ao modelo da Santa Família. A Santa Família leva a viver um estilo
fraterno, que se expressa - como fala o Padre – “na paciência, caridade,
cordialidade, procurando ser entre nós afáveis, abundar e superabundar em doçura. Este espírito
deve penetrar no profundo do coração da nossa santa Instituição”.
Uma família estável, destinada a
renovar-se e dar continuidade à sua obra no tempo.
5. Numa família não pode faltar o
elemento feminino. E o Padre, junto com a Madre Elisa Baldo, dá início também
às “Auxiliares da Santa Família”, que depois assumirão o nome de “Humildes
Servas do Senhor”, uma congregação que se tornou insubstituível colaboradora e
apoio nas obras piamartinas por numerosos decênios e à qual vai toda a admirada
gratidão dos filhos de Padre Piamarta.
6. O modelo
escolhido é então a Santa Família de Nazaré:
a referência a Nazaré não é por acaso. Nazaré é também o lugar onde o
trabalho está sendo santificado, porque aí trabalhou manualmente o Filho de
Deus. Se a exaltação cultural do trabalho torna-se necessária
para redescobrir sua eminente dignidade, as potencialidades de realização da
pessoa e a contribuição para sociedade e ao progresso, todavia não é suficiente
para cancelar o aspecto desgastante, a fadiga e as decepções que o acompanham. O Olhar para Nazaré ajuda a colocar o trabalho na
perspectiva certa da participação do trabalho redentor da Santa Família.
7. Padre Piamarta
convida para ir espiritualmente a Nazaré também para descobrir o valor da
quotidianidade: para quem olha a Nazaré, a obscuridade do quotidiano, “o
terrível quotidiano” ilumina-se e ganha uma nova dimensão. Em Nazaré, longe dos refletores, estava crescendo o Filho de Deus. Na monotonia do quotidiano somos convidados a descobrir o Filho de
Deus que deseja crescer em nós para termos luz e paz e para levar aos outros,
luz e paz.
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