Mas a sua formação mais profunda acontece em outro lugar, na paróquia e no oratório.
A paróquia de S. Faustino era, naquele momento, dirigida por um pároco muito amado pelas pessoas, o pároco Lurani Cernuschi. Filho de nobres milaneses e sobrinho do Bispo Nava, que cedeu à unânime insistência dos paroquianos de tê-lo como pároco. Alguns falam de nepotismo, mas este é um daqueles casos no qual os frutos do presunto nepotismo se demonstraram excelentes.
Faz o seu ingresso com 24 anos e guia a paróquia por bem 65 anos, com zelo sacerdotal exemplar e grandíssima caridade para com os pobres, ao ponto de distribuir a eles todo o seu patrimônio pessoal.
É um grande exemplo de pastor pio e de verdadeiro pai dos pobres.
Em sua honra foi dedicado depois de sua morte um monumento onde se lê a epígrafe: “Modelo de toda virtude pastoral / pobre para consigo mesmo para ser pródigo / de toda sua riqueza / aos pobres e ao divino culto”.
Joãozinho começa encontrando uma figura eminente do clero bresciano, que neste momento é rico de personalidades de destaque e, ainda mais, caracterizadas pelo amor aos pobres, dedicados à cura pastoral com zelo digno de admiração.
Na igreja paroquial, a suntuosa basílica onde se conservam as relíqueas dos Patronos da cidade, teve a possibilidade de servir as sagradas cerimônias também com sua bela voz, fazendo parte do coral.
O jovem Piamarta constitui uma atração pelos seus ‘solos’ e “grande era o fluxo de pessoas - assegura Fossati - que o queriam escutar cantar devido a perfeição, entonação e sentimento”.
No bairro de S. Faustino surge o oratório S. Tomás que desenvolve a sua atividade independentemente da paróquia. Iniciado nos primeiros anos do século, retoma a florescente tradição bresciana dos oratórios, que oferecem aos jovens um lugar de ensinamento da doutrina cristã, de oração (daqui o nome de oratório) e progressivamente também um lugar educativo, assistencial e recreativo: “para tirá-lo das estradas nas horas livres e nos dias festivos”.
Padre Piamarta permanecerá sempre tão agradecido e afeiçoado ao seu oratório, ao ponto de atribuí-lo o mérito principal de sua educação cristã. Ele mesmo dirá: “De 1850 a 1860 fui filho do oratório… agradeço de coração a Jesus bendito e o meu dileto oratório que me acolheu órfão de mãe e com o pai totalmente impedido, também nos dias de festa, a tomar conta de minha educação! Sabe Deus o que teria sido de mim e do meu futuro com meu caráter impetuoso e vivaz!
Sem dúvida, o fato de me encontrar completamente livre, dono de mim mesmo, teria me tornado uma ovelha negra de primeira linha. Ora, tendo recebido no oratório não só a minha educação cristã, mas também o início do meu caminho rumo ao sacerdócio, senti imperiosamente o dever de corresponder a tal graça, dedicando todas as minhas poucas e miseráveis forças à educação cristã da juventude, antes em S. Alexandre, por 13 anos e, depois, no Instituto Artigianelli”.
Esta rara confidência, porque era muito reservado em falar de si e de suas coisas, abre uma janela não só no período juvenil (praticamente freqüentou o oratório nos anos decisivos dos 10 aos 20 anos), mas também sobre motivações da sua paixão apostólicas para a educação cristã para a juventude.
De fato, no seu oratório, Joãozinho pode encontrar um bom e culto educador, um artista e compositor, padre Vicente Elena (Piamarta o recordará como “exemplaríssimo sacerdote”).
Ele está fazendo reflorescer o oratório, com a sua paixão educativa, e com a sua ampla visão da realidade. Padre Elena teve contato também com Don Bosco, o qual, depois de ter sido seu hóspede em Bréscia em 1865, o convidou a pregar a seus jovens e falou sobre ele e do irmão padre João que eram “homens cheios de zelo pela salvação das almas”. Colaborando com padre Elena existe também um grupo de leigos, bem organizado, que assistem os meninos nos momentos da doutrina cristã e do recreio. São chamados ‘prefeitos’ e na figura deles modelará também a organização do Instituto Artigianelli.
O jovem Piamarta se encontra à vontade neste ambiente: “Era um jovem vigorosíssimo - escreve um dos primeiros biógrafos - nunca estava parado e de uma alegria espontânea e ingênua ao ponto de tornar-se o centro das atenções de todos os outros. Porém, não era exagerado, porque nele a alegria e a vivacidade eram manifestação sincera de uma natureza necessitada de expansão, mas já consciente de si, já ordenada segundo um impulso interior por tudo aquilo que poderia conseguir de bem aos companheiros” (Camelli).
Aí encontra alguns dos seus grandes amigos, como o futuro padre Secondo Zanetti, jesuíta, missionário na Índia, e o futuro abade Cremonesini. Parece que por um certo período de tempo também o jovem Piamarta exercia o cargo de ‘prefeito’ no seu oratório.
Provavelmente provém dos seus nove a onze anos um curioso episódio que marca a imagem de Joãozinho, já marcado por um forte sentimento religioso, que se tornará depois o elemento determinante sobre outros interesses.
A cidade de Bréscia se situa aos pés de uma montanha de 900 metros, com o nome evocativo de Madalena, quase como se tivesse sido um dos lugares de penitência da famosa e omnipresente S. Maria Madalena.
É uma montanha cara aos brescianos, porque representa um lugar de passeio no campo, ao menos até as primeiras castanheiros, apenas acima dos 500 metros de altitude, nas proximidades da igreja de S. Gotardo.
Um dia Joãozinho e seu amigo José Franchini decidem de se tornarem eremitas e despercebidamente deixam a cidade e sobem a montanha, atravessando os bosques e procurando uma gruta onde pudessem morar, um com um pão e o outro com uma moedinha. Os dois aspirantes eremitas passam todo o dia sobre a monte do qual se vê um panorama estupendo que vai do Lago de Garda aos Alpes e, do outro lado, através o vastíssimo vale da planície padana, até aos Apeninos.
Mas ao chegar das primeiras sombras do entardecer os dois começam a duvidar de sua vocação e descem precipitadamente os caminhos subidos com tanto entusiasmo.
O fato, narrado sorrindo pelo próprio padre Piamarta, evidencia a imaginação dos dois meninos, o mundo no qual estavam vivendo, a sua aguda sensibilidade, inclinados à visão da mística, o seu temperamento entusiasta, o seu mundo religioso, fruto de uma sólida educação cristã, cuja narração da vida dos santos era um dos elementos da formação.
A leitura da vida dos santos contribuía de forma eficaz, para alimentar a mente e a suscitar a fantasia de pessoas santas, de episódios santos, de exemplos santos e de pessoas santas.
Os dois permanecerão amigos por toda a vida e darão testemunho da educação recebida operando em campos diversos, um como professor de ‘ciências exatas’ e o outro como sacerdote e educador da juventude.
O episódio ajuda a explicar também a grande paixão de Piamarta pela vida dos santos, outro dos seus meios educativos preferidos, amplamente divulgados. Freqüentemente dirá em seguida, que depois da “Sagrada Escritura”, a vida dos santos constitui o meio mais propício para a formação à vida cristã.
A paróquia de S. Faustino era, naquele momento, dirigida por um pároco muito amado pelas pessoas, o pároco Lurani Cernuschi. Filho de nobres milaneses e sobrinho do Bispo Nava, que cedeu à unânime insistência dos paroquianos de tê-lo como pároco. Alguns falam de nepotismo, mas este é um daqueles casos no qual os frutos do presunto nepotismo se demonstraram excelentes.
Faz o seu ingresso com 24 anos e guia a paróquia por bem 65 anos, com zelo sacerdotal exemplar e grandíssima caridade para com os pobres, ao ponto de distribuir a eles todo o seu patrimônio pessoal.
É um grande exemplo de pastor pio e de verdadeiro pai dos pobres.
Em sua honra foi dedicado depois de sua morte um monumento onde se lê a epígrafe: “Modelo de toda virtude pastoral / pobre para consigo mesmo para ser pródigo / de toda sua riqueza / aos pobres e ao divino culto”.
Joãozinho começa encontrando uma figura eminente do clero bresciano, que neste momento é rico de personalidades de destaque e, ainda mais, caracterizadas pelo amor aos pobres, dedicados à cura pastoral com zelo digno de admiração.
Na igreja paroquial, a suntuosa basílica onde se conservam as relíqueas dos Patronos da cidade, teve a possibilidade de servir as sagradas cerimônias também com sua bela voz, fazendo parte do coral.
O jovem Piamarta constitui uma atração pelos seus ‘solos’ e “grande era o fluxo de pessoas - assegura Fossati - que o queriam escutar cantar devido a perfeição, entonação e sentimento”.
No bairro de S. Faustino surge o oratório S. Tomás que desenvolve a sua atividade independentemente da paróquia. Iniciado nos primeiros anos do século, retoma a florescente tradição bresciana dos oratórios, que oferecem aos jovens um lugar de ensinamento da doutrina cristã, de oração (daqui o nome de oratório) e progressivamente também um lugar educativo, assistencial e recreativo: “para tirá-lo das estradas nas horas livres e nos dias festivos”.
Padre Piamarta permanecerá sempre tão agradecido e afeiçoado ao seu oratório, ao ponto de atribuí-lo o mérito principal de sua educação cristã. Ele mesmo dirá: “De 1850 a 1860 fui filho do oratório… agradeço de coração a Jesus bendito e o meu dileto oratório que me acolheu órfão de mãe e com o pai totalmente impedido, também nos dias de festa, a tomar conta de minha educação! Sabe Deus o que teria sido de mim e do meu futuro com meu caráter impetuoso e vivaz!
Sem dúvida, o fato de me encontrar completamente livre, dono de mim mesmo, teria me tornado uma ovelha negra de primeira linha. Ora, tendo recebido no oratório não só a minha educação cristã, mas também o início do meu caminho rumo ao sacerdócio, senti imperiosamente o dever de corresponder a tal graça, dedicando todas as minhas poucas e miseráveis forças à educação cristã da juventude, antes em S. Alexandre, por 13 anos e, depois, no Instituto Artigianelli”.
Esta rara confidência, porque era muito reservado em falar de si e de suas coisas, abre uma janela não só no período juvenil (praticamente freqüentou o oratório nos anos decisivos dos 10 aos 20 anos), mas também sobre motivações da sua paixão apostólicas para a educação cristã para a juventude.
De fato, no seu oratório, Joãozinho pode encontrar um bom e culto educador, um artista e compositor, padre Vicente Elena (Piamarta o recordará como “exemplaríssimo sacerdote”).
Ele está fazendo reflorescer o oratório, com a sua paixão educativa, e com a sua ampla visão da realidade. Padre Elena teve contato também com Don Bosco, o qual, depois de ter sido seu hóspede em Bréscia em 1865, o convidou a pregar a seus jovens e falou sobre ele e do irmão padre João que eram “homens cheios de zelo pela salvação das almas”. Colaborando com padre Elena existe também um grupo de leigos, bem organizado, que assistem os meninos nos momentos da doutrina cristã e do recreio. São chamados ‘prefeitos’ e na figura deles modelará também a organização do Instituto Artigianelli.
O jovem Piamarta se encontra à vontade neste ambiente: “Era um jovem vigorosíssimo - escreve um dos primeiros biógrafos - nunca estava parado e de uma alegria espontânea e ingênua ao ponto de tornar-se o centro das atenções de todos os outros. Porém, não era exagerado, porque nele a alegria e a vivacidade eram manifestação sincera de uma natureza necessitada de expansão, mas já consciente de si, já ordenada segundo um impulso interior por tudo aquilo que poderia conseguir de bem aos companheiros” (Camelli).
Aí encontra alguns dos seus grandes amigos, como o futuro padre Secondo Zanetti, jesuíta, missionário na Índia, e o futuro abade Cremonesini. Parece que por um certo período de tempo também o jovem Piamarta exercia o cargo de ‘prefeito’ no seu oratório.
Provavelmente provém dos seus nove a onze anos um curioso episódio que marca a imagem de Joãozinho, já marcado por um forte sentimento religioso, que se tornará depois o elemento determinante sobre outros interesses.
A cidade de Bréscia se situa aos pés de uma montanha de 900 metros, com o nome evocativo de Madalena, quase como se tivesse sido um dos lugares de penitência da famosa e omnipresente S. Maria Madalena.
É uma montanha cara aos brescianos, porque representa um lugar de passeio no campo, ao menos até as primeiras castanheiros, apenas acima dos 500 metros de altitude, nas proximidades da igreja de S. Gotardo.
Um dia Joãozinho e seu amigo José Franchini decidem de se tornarem eremitas e despercebidamente deixam a cidade e sobem a montanha, atravessando os bosques e procurando uma gruta onde pudessem morar, um com um pão e o outro com uma moedinha. Os dois aspirantes eremitas passam todo o dia sobre a monte do qual se vê um panorama estupendo que vai do Lago de Garda aos Alpes e, do outro lado, através o vastíssimo vale da planície padana, até aos Apeninos.
Mas ao chegar das primeiras sombras do entardecer os dois começam a duvidar de sua vocação e descem precipitadamente os caminhos subidos com tanto entusiasmo.
O fato, narrado sorrindo pelo próprio padre Piamarta, evidencia a imaginação dos dois meninos, o mundo no qual estavam vivendo, a sua aguda sensibilidade, inclinados à visão da mística, o seu temperamento entusiasta, o seu mundo religioso, fruto de uma sólida educação cristã, cuja narração da vida dos santos era um dos elementos da formação.
A leitura da vida dos santos contribuía de forma eficaz, para alimentar a mente e a suscitar a fantasia de pessoas santas, de episódios santos, de exemplos santos e de pessoas santas.
Os dois permanecerão amigos por toda a vida e darão testemunho da educação recebida operando em campos diversos, um como professor de ‘ciências exatas’ e o outro como sacerdote e educador da juventude.
O episódio ajuda a explicar também a grande paixão de Piamarta pela vida dos santos, outro dos seus meios educativos preferidos, amplamente divulgados. Freqüentemente dirá em seguida, que depois da “Sagrada Escritura”, a vida dos santos constitui o meio mais propício para a formação à vida cristã.
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