Primeiro encontro com padre Piamarta - Pier Giordano Cabra
Capitulo
Nono
1. Padre Piamarta quer
que os seus jovens sejam livres e fortes. Livres para não serem plagiados pela
mentalidade corrente, fortes para agirem retamente, mesmo à custa de
distinguir-se da massa. Livres para não serem absorvidos pela multidão, fortes para serem
líderes. Os tempos dele eram tempos de contrastes sociais e políticos, entre
liberalismo e socialismo, o primeiro preocupado pela liberdade, o segundo pela
igualdade. Piamarta de maneira essencial dizia aos seus jovens que é necessário
“ser livres para servir”, insistindo sobre as virtudes cívicas, a partir da
honestidade, do sentido do dever, do sentir-se obrigado pela palavra dada, pela
participação na vida pública, pelo sentido do serviço. A quem lhe dizia que ele falava pouco dos direitos, respondia que
para aprender os próprios direitos basta uma semana, para aprender os próprios
deveres não basta uma vida.
2. Estava também convencido de que, na sociedade moderna, ou o jovem
empenha-se como um apóstolo ou corre o risco de tornar-se apóstata. Ou se compromete
ou se apaga. Ou ilumina ou é absorvido pela escuridão. Para ele o jovem é apostolo quando não se envergonha de ser cristão
e, ainda mais, quando honra o nome de cristão com seu comportamento. Apóstolo é aquele que presta atenção às necessidades dos outros e
está disposto a incomodar-se para fazer o que é possível ele fazer. Em 1902, fica sabendo que se quer impedir a procissão de Corpus
Christi na cidade. Convoca então os seus jovens e os organiza em defesa do
percurso. Ninguém teve a ousadia de colocar obstáculos. É apóstolo quem está disposto a pagar pessoalmente pelas próprias
idéias. É apóstolo aquele que ”não segue o caminho dos ímpios, mas caminha
na lei do Senhor”.
3. Não queria jovens
mal-humorados, tristes, pessimistas, introvertidos, sisudos. Ele repetia para
eles as “máximas de São Felipe”, que são rápidas e simples frases de sabedoria
humana e cristã, nascidas de profundas meditações espirituais e da escola da
vida:
- Filhos, sejam alegres: escrúpulos e melancolia, fora da minha casa.
- Felizes vocês jovens, que tem tempo para fazer o bem.
- Precisa trabalhar, precisa trabalhar: Deus não sabe o que fazer
com os preguiçoso
- Sejam bons se puderem!
- O homem que não reza é um animal sem razão.
- Façam tudo, mas não façam pecados.
4. E incentivava toda a livre
expressão de alegria, alternando ao duro dever quotidiano os animados recreios,
os passeios, o canto coral, a banda musical e o teatro; alcançando nestes
últimos setores, níveis de excelência bem reconhecidos na cidade e na
província. Por ocasião da imponente inauguração do monumento ao Redentor sobre o
monte Guilherme, em 20 de agosto de 1902, foi convidada especialmente a banda
dos Artigianelli. Jornada memorável: estava presente, aplaudindo, o menino João
Batista Montini, destinado a tornar-se famoso. À distância de um século aquele menino tornou-se presente de novo
naquele lugar, em uma estátua que o representa nas vestes do Romano Pontífice,
Paulo VI. Talvez nas solitárias e límpidas noites estreladas, às vezes ele
gosta de escutar novamente aquelas notas alegres e solenes que Padre Piamarta levou
consigo lá no céu, como homenagem dos seus jovens ao Redentor do mundo!
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